O colégio Bandeirantes não impõe uso de uniformes e, de acordo com Emerson Bento Pereira, coordenador de relações institucionais, também não há qualquer tipo de restrição quanto às roupas que os alunos usam para assistir às aulas. Porém, quando, na sexta-feira (7), outro aluno, Pedro Brener, de 17 anos, chegou à escola usando uma saia longa em solidariedade ao colega que teria sido discriminado um dia antes, foi levado à sala do diretor da escola. ;Fui para a sala do diretor pedagógico e ele falou que eu podia ofender alguém, mas disse que poderia ficar no Bandeirantes naquele dia. Mas, na quinta aula, eu fui mandado para casa e eles não me deram razões;.
Segundo o coordenador de relações institucionais, a escola pediu para que o pai do aluno fosse buscá-lo por questões de segurança. ;Ele estava trajando uma vestimenta que, para região que a gente vive, a gente tem visto a todo momento, na imprensa, agressões morais ou físicas por questão de gênero. O Bandeirantes não tem nenhum problema com questão de gênero, mas havia uma preocupação com a integridade do aluno;, explicou.
Pedro disse que não concordou com a atitude da escola. ;Eu não entendi muito bem, por que eu estaria mais seguro fora do colégio do que dentro? Eu achei [a atitude] desnecessária. Acho que ela [escola] podia ter abraçado a discussão, mas preferiu agir dessa maneira. Espero que agora eles mudem de postura e incluam a discussão no colégio;, disse.