As atribuições foram definidas na tarde desta quarta-feira (29), em Porto Alegre, após encontro que reuniu, além da CNV e da PF, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Cruz Vermelha Internacional e familiares do ex-presidente.
A família Goulart quer esclarecer as circunstâncias da morte de Jango, como era conhecido o presidente deposto pela ditadura militar, em 1964. Existe a suspeita de que ele tenha sido envenenado durante o exílio, na Argentina, embora a morte tenha sido creditada, oficialmente, a um ataque cardíaco.
;Existe uma infinidade de indícios, como a certidão de óbito duvidosa, e a família não pode conviver com a dúvida;, sustenta João Vicente Goulart, filho de Jango, para quem o caso diz respeito a todo o país. ;Essa dúvida não é só da família, mas a história do presidente Jango necessita deste esclarecimento;, complementa. Existem diversas variáveis a serem observadas durante o processo de exumação. Serão avaliados o estado do caixão, dos restos mortais, e até mesmo se a ossada é a do ex-presidente, através de um exame de DNA. Depois, será conduzido um exame toxicológico, para tentar detectar possíveis vertígios de envenenamento. Uma nova reunião foi marcada para o dia 25 de junho, na qual será decidido o cronograma da exumação.