Jornal Correio Braziliense

Brasil

Vigilância Sanitária alerta sobre armazenamento de cordão umbilical

Guardar o material retirado de recém-nascidos já virou moda, mas não há garantia de eficácia no tratamento de doenças. Há tempos os especialistas criticam a forma como o serviço é oferecido pelas empresas

A grande procura por informações sobre armazenagem de sangue do cordão umbilical em bancos privados e o aumento no número de procedimentos desse tipo verificados nos últimos seis anos motivou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a soltar um alerta sobre os supostos benefícios divulgados pelas clínicas que atuam nesse setor. Para separar mitos e verdades e ajudar o consumidor a não ser levado por falsas promessas, a agência reguladora lança nesta sexta-feira (24/5) uma cartilha com explicações sobre o armazenamento de sangue do cordão umbilical, que pode ser consultada na página da Anvisa na internet. Há tempos os especialistas criticam a forma como o serviço é oferecido pelas empresas.



Muitos pais acreditam que, ao guardar esse material genético do bebê, estão fazendo uma espécie de seguro contra mais de 80 tipos de doença cujo tratamento aponte para o transplante de medula óssea, por exemplo. O armazenamento pode ser feito tanto em bancos públicos quanto privados. Nesse último caso, no entanto, o material só pode ser usado para uso próprio (autólogo) e custa caro. O preço varia de RS 2 mil a R$ 7 mil, além de uma anuidade de cerca de R$ 500.