O delegado Edgar Marcon, Superintendente Regional da PF, afirmou que um inquérito policial foi aberto para "apurar a ocorrência de crime, cometido por pessoas estranhas à comunidade indígena que, segundo informações obtidas no dia e no local dos fatos, estariam instigando os indígenas a descumprirem a determinação judicial de desocupar a área, em prejuízo ao acordo firmado dias antes".
Vídeo da apreensão arbitrária de equipamentos de trabalho do jornalista Ruy Sposati, pela PF, no fim de semana, em Sidrolândia (MS)
[VIDEO1];A liberdade de imprensa é um dos temas de maior relevânca nos países democráticos. Vamos pedir a devolução dos equipamentos e a responsabilização criminal do delegado;, defende o advogado do Cimi, Adelar Cupsinski, que protocolou nesta segunda-feira (20) petições no Ministério da Justiça, Ministério Público Federal e na Corregedoria da PF, solicitando a abertura de uma investigação administrativa para apurar o crime de abuso de autoridade por parte do delegado.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schr;der, demonstrou preocupação com o que chamou de "crescente perseguição" a jornalistas, por parte de criminosos e do próprio governo. "Mesmo se o jornalista tiver exarcebado suas funções, o que ainda não temos conhecimento se foi o caso, a apreensão dos equipamentos não me parece possível em um Estado Democrático. Não há justificativa que permita isso", argumenta.