La Paz - Brasil e Bolívia vão executar este ano operações combinadas contra o tráfico de drogas e de pessoas, assim como tráfico e contrabando de armas, em sua extensa fronteira comum, anunciaram nesta quarta-feira (15/5) autoridades de segurança de ambos os países, reunidas em Santa Cruz (leste).
"Em breve, serão executadas operações combinadas por via aérea, fluvial e terrestre para impedir o tráfico de drogas e relacionadas à segurança pública", anunciou o encarregado boliviano da luta antidrogas, Felipe Cáceres.
"Vamos impedir o tráfico de armas, o tráfico de pessoas e o contrabando de recursos naturais, ou combustível", disse Cáceres.
Por "razões de segurança", ele não informou as datas, declarando apenas que serão realizadas na atual gestão. Cáceres descreveu a operação como "gigantesca", com a participação de unidades policiais e militares brasileiras. A operação se desenvolverá dentro do acordo em vigor de cooperação bilateral em matéria de combate ao narcotráfico.
O Brasil executa com frequência operações contínuas desse tipo em sua "fronteira de 17.000 quilômetros, onde foram identificados 34 pontos vulneráveis", explicou a secretária brasileira de Segurança Pública, Regina Miki, acrescentando que, desses pontos, cinco ou seis são com a Bolívia.
Regina deixou clara a preocupação do governo brasileiro com o tema da segurança fronteiriça, diante da proximidade de grandes eventos internacionais no país, como a visita do papa Francisco (julho de 2013), a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos (2016).
A Comissão Mista Brasil-Bolívia deve se reunir no início de julho e tratará dos voos não tripulados na fronteira, informou Cáceres. Bolívia e Brasil compartilham uma extensa fronteira de 3.132 quilômetros.