Jornal Correio Braziliense

Brasil

Complexo do Alemão recebe unidade móvel de combate à hanseníase

Participam da campanha médicos voluntários que estão respondendo às perguntas dos moradores e fazendo exames para diagnosticar a doença

Rio de Janeiro - Os moradores do Complexo do Alemão, na zona norte, que tiverem dúvidas sobre a hanseníase podem contatar voluntários do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) para receber esclarecimentos. Desta terça-feira (7/5) a quinta-feira (9/5), um veículo da organização está em um estacionamento atrás do Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes e atenderá das 9h às 15h.

Também participam da campanha médicos voluntários que estão respondendo às perguntas dos moradores e fazendo exames para diagnosticar a doença, e atores, que promovem palestras e peças teatrais em escolas da comunidade, com o objetivo de combater o preconceito.

[SAIBAMAIS]A coordenadora do projeto, Brenda Menezes, disse que o principal objetivo da ação é combater o preconceito que sofrem os portadores da doença. ;Nós do Mohran queremos acabar com o preconceito, pois a doença é negligenciada por causa disso".



Segundo ela, é muito importante que o paciente procure um posto de saúde assim que surjam os primeiros sintomas. "O Mohran traz a unidade de saúde para diagnosticar os casos e encaminhar para as unidades básicas de saúde da comunidade;.

A médica voluntária, Mariana Cardoso, explicou que o principal problema para o tratamento da doença é a demora do diagnóstico. ;A hanseníase é uma doença de transmissão rara, é preciso um contato prolongado - de quatro a cinco anos - para o contágio".

Mariana esclareceu que, se diagnosticada precocemente, a doença é totalmente curável. "O grande problema do diagnóstico tardio são as sequelas graves, que causam limitações físicas e mutilações;.

Segundo o Mohran, o Brasil é o primeiro lugar no ranking mundial da prevalência da doença. Em 2011, cerca de 30 mil casos foram identificados em todo o território nacional, principalmente em menores de 15 anos. A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito. Os medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e a duração do tratamento é de seis meses a um ano.