<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">São Paulo -</span> Um protocolo de intenções assinado nesta quinta-feira (25/4) pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do governo federal, e pela Central Única de Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) pretende estimular os trabalhadores urbanos a consumir alimentos produzidos nos assentamentos da reforma agrária.<br /><br />De acordo com o presidente do Incra, Carlos Guedes, uma das medidas é criação de um site de compras coletivas para facilitar a venda dos produtos.<br /><br />"Esta parceria proporciona segurança para as famílias assentadas de que elas podem ampliar a produção, que vão ter um canal de comercialização, e aos trabalhadores urbanos a segurança de que vão ter um produto de qualidade, que foi produzido de forma sustentável", disse Guedes, após seminário promovido pela CUT . O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, também assinou o acordo.<br /><br />Cerca de 19 mil famílias assentadas no estado poderão ser beneficiadas. Segundo Guedes, a referência será a meta de renda por produtor, usada no Programa de Alimentação Escolar, que é R$ 20 mil. Frutas, leite e grãos, como feijão e milho, são alguns dos itens característicos da produção dos assentamentos paulistas. "Temos uma produção bastante diversificada", avaliou.<br /><br />Guedes informou que o órgão vai agora estudar a oferta dos assentamentos e a capacidade de compra dos trabalhadores filiados aos sindicatos para, em seguida, incrementar os mecanismos de compra. "Esperamos trabalhar com essa identificação no segundo semestre e começar 2014 com as primeiras negociações de aproximação entre os produtores e os trabalhadores", disse.<br /><br />"Não é um processo que vai ocorrer espontaneamente. Exige muita organização, tanto dos sindicatos urbanos, como dos produtores rurais, e é papel do governo promover e estimular essa negociação", avaliou o ministro Pepe Vargas.<br /><br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20politica%20brasil%20economia%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22245%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000; font-weight: bold">Leia mais notícias em Brasil</span></a><br /><br />Se a proposta contar com a adesão dos trabalhadores da capital, estima-se um mercado de cerca de 2 milhões de pessoas, que é o total de filiados à CUT. "É uma proposta atraente, porque nós vamos eliminar o atravessador e fazer chegar um produto mais barato à mesa da população. É uma integração que vai permitir alavancar a produção da agricultura familiar em São Paulo", avaliou o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima.<br /><br />Além da internet, a venda dos produtos poderá ser feita também de forma direta em parceria com os sindicatos vinculados à central. "Hoje tivemos o anúncio de uma montadora da Região do ABC paulista que vai comprar os produtos da reforma agrária para que sejam utilizados no restaurante da fábrica. Com isso, são pelos menos 20 mil refeições diárias", exemplificou Lima.<br /><br />De acordo com Carlos Guedes, a experiência é inédita e pode ser replicada por outras entidades. "É uma iniciativa que começa com os trabalhadores de São Paulo, mas pode ser ampliada, sobretudo pela internet. Já temos no site do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário] a Rede Brasil Rural que funciona como vitrine dos produtos da agricultura familiar e agora vamos dar uma impulsionada com essa parceria", declarou. </div>