Jornal Correio Braziliense

Brasil

Juíza cassa palavra do advogado de Bola, Ércio Quaresma

A magistrada considerou que as perguntas dirigidas ao delegado licenciado Edson Moreira tiveram caráter intimidatório

Atendendo ao pedido da promotoria, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues cassou a palavra do advogado Ércio Quaresma. A magistrada citou falas do defensor para exemplificar o que qualificou de abuso, considerando que as perguntas dirigidas ao delegado licenciado Edson Moreira tiveram caráter intimidatório.

A juíza disse que Quaresma deixou claro, ao declarar que a testemunha estava nas mãos dele e que assim ficaria por mais horas, ;nítido contorno de ordem pessoal", e que isso não seria admitido dentro do plenário. Considerou ainda que o extenso interrogatório demonstra nÍtido objetivo de protelar o depoimento. Assim, determinou que os outros advogados da defesa prossigam o interrogatório da testemunha.



O advogado Fernando Magalhães protestou e pediu que Quaresma pudesse formular as perguntas, que seriam lidas pelos outros defensores. O promotor Henry Vasconcelos disse ser contrário ao pedido e a magistrada manteve sua decisão, impedindo Quaresma de se dirigir a Edson Moreira.
Depois que a juíza Marixa Fabiane Rodrigues cassou a palavra do advogado Ércio Quaresma, impedindo-o de prosseguir fazendo perguntas ao delegado licenciado Edson Moreira, ouvido na condição de testemunha, toda a equipe da defesa se retirou do plenário para conversar. Retornaram pouco mais de 5 minutos depois, sorridentes. Com a postura arrogante, Quaresma disse que Fernando Magalhães assumiria o interrogatório. O defensor se dirigiu ao promotor Henry Vasconcelos e disse, em tom intimidatório, que "em tempo e em hora esse sujeito vai ouvir o que merece".