Raquel Trindade de Souza, 77 anos, autora da segunda melhor redação, escreveu sobre sua infância no Recife e sua juventude no Rio de Janeiro. Emocionada, ela disse que o prêmio dá à mulher negra oportunidade de contar sua história, que faz parte de todo o movimento negro. ;Como mulher negra, como artista plástica, como presidente do Teatro Clássico Solano Trindade, a importância [do prêmio] é muito grande.;
Vencedora na categoria ensaios, com o tema Trabalho Doméstico, Claudenir de Souza, paulista de Campinas, dedicou a vitória ;às 8 milhões de domésticas que existem no país;. ;São 468 anos de trabalho doméstico no país, e 343 anos foram de trabalho escravo. Há 48 anos, trabalhamos em troca de comida e de algumas moedas. Faz 77 anos que estamos lutando para ter os mesmo direitos que outros trabalhadores;, destacou Claudenir.
O 1; Prêmio Mulheres Negras Contam sua História teve 521 inscrições ; 421 redações e 100 ensaios. As 14 histórias vencedoras serão publicadas em livro, até o fim deste ano.