São Paulo ; Depois dos depoimentos de seis testemunhas de defesa e de um breve intervalo, o juiz José Augusto Nardy Marzagão prosseguiu o julgamento do Massacre do Carandiru dando início à leitura de peças sobre o caso. Neste momento, os sete jurados ouvem a leitura de um laudo do Instituto de Criminalística. Também serão lidos, nessa fase do julgamento, antigos depoimentos sobre o caso, de pessoas que já morreram, além de laudos periciais. A leitura de peças deve prosseguir até quarta-feira (17/4).
As testemunhas de defesa, ouvidas nesta terça-feira (16/4), foram arroladas pela advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 policiais acusados pelas mortes de 15 detentos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9, na antiga Casa de Detenção do Carandiru. A tese da defesa considera que a conduta dos policiais no episódio não pode ser individualizada, ou seja, não é possível dizer quais policiais atiraram ou foram responsáveis e por quais mortes.
[SAIBAMAIS]Foram ouvidos os desembargadores Ivo de Almeida, Fernando Antonio Torres Garcia e Luis Antonio San Juan França. Também prestaram depoimentos o então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho; Pedro Franco de Campos, secretário de Segurança Pública à época do episódio; e a juiza Sueli Veraik Armani de Menezes.
Durante o seu depoimento, Fleury disse que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos. Ressaltou que não deu a ordem para a entrada dos policiais no Pavilhão 9, onde ocorria uma rebelião de presos. Mas que se estivesse em São Paulo naquele dia, teria autorizado a invasão policial. ;Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir;, disse.
Na segunda-feira (15/4), após o sorteio que definiu os sete jurados, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas, o perito criminal à época do fato, Osvaldo Negrini Neto, que negou o confronto entre os policiais e os detentos. Ele explicou que os tiros foram disparados ;de fora para dentro das celas;. Negrini também falou que a cena do massacre foi violada, pois os corpos dos presos foram removidos das celas e não foram encontradas as cápsulas de balas.
Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase estão sendo julgados 26 policiais, responsabilizados por 15 mortes ocorridas no segundo pavimento do Pavilhão 9. Quarta-feira (17/4), deverão ser ouvidos mais quatro policiais réus no caso.
As testemunhas de defesa, ouvidas nesta terça-feira (16/4), foram arroladas pela advogada Ieda Ribeiro de Souza, que defende os 26 policiais acusados pelas mortes de 15 detentos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9, na antiga Casa de Detenção do Carandiru. A tese da defesa considera que a conduta dos policiais no episódio não pode ser individualizada, ou seja, não é possível dizer quais policiais atiraram ou foram responsáveis e por quais mortes.
[SAIBAMAIS]Foram ouvidos os desembargadores Ivo de Almeida, Fernando Antonio Torres Garcia e Luis Antonio San Juan França. Também prestaram depoimentos o então governador de São Paulo, Luiz Antonio Fleury Filho; Pedro Franco de Campos, secretário de Segurança Pública à época do episódio; e a juiza Sueli Veraik Armani de Menezes.
Durante o seu depoimento, Fleury disse que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992, quando 111 presos foram mortos. Ressaltou que não deu a ordem para a entrada dos policiais no Pavilhão 9, onde ocorria uma rebelião de presos. Mas que se estivesse em São Paulo naquele dia, teria autorizado a invasão policial. ;Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir;, disse.
Na segunda-feira (15/4), após o sorteio que definiu os sete jurados, cinco testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas, o perito criminal à época do fato, Osvaldo Negrini Neto, que negou o confronto entre os policiais e os detentos. Ele explicou que os tiros foram disparados ;de fora para dentro das celas;. Negrini também falou que a cena do massacre foi violada, pois os corpos dos presos foram removidos das celas e não foram encontradas as cápsulas de balas.
Por causa do grande número de réus, 79 policiais, o julgamento do Massacre do Carandiru foi dividido em etapas. Nesta primeira fase estão sendo julgados 26 policiais, responsabilizados por 15 mortes ocorridas no segundo pavimento do Pavilhão 9. Quarta-feira (17/4), deverão ser ouvidos mais quatro policiais réus no caso.