Jornal Correio Braziliense

Brasil

Número crescente de imigrantes ilegais abre crise social no Acre

Governo do estado decreta situação de emergência em duas cidades que servem como porta de entrada no Brasil para quem vem do Peru e da Bolívia. O número de estrangeiros que chegam, principalmente do Haiti, não para de crescer



O aumento desenfreado da imigração ilegal na fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru fez com que o governo do estado decretasse, na manhã de ontem, situação de emergência social nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia. Pelo menos 1,3 mil estrangeiros, principalmente haitianos, estão alojados precariamente em um abrigo em Brasileia. Muitos são trazidos ao Brasil por coiotes, que cobram até US$ 3 mil de cada estrangeiro. Segundo a Secretaria de Justiça e dos Direitos Humanos, também chegam imigrantes de países como Senegal, Marrocos, Bengala, Nigéria, República Dominicana e Bangladesh.



No decreto, o governador Tião Viana (PT) afirma que a situação em Brasileia e Epitaciolândia se agravou ante o inesperado e rápido aumento da quantidade de imigrantes que chegaram nos últimos dias. O problema maior, segundo o governo, é a falta de estrutura para prestar assistência médica aos estrangeiros, vitimados, principalmente, por doenças tropicais como dengue e malária. O estado colocou em alerta máximo as secretarias de Justiça e Direitos Humanos e de Desenvolvimento Social, que ficarão encarregadas de prestar auxílio aos imigrantes. Além disso, todos os órgãos públicos estaduais estão de sobreaviso.