Jornal Correio Braziliense

Brasil

Santas casas de SP paralisam atividades por reajuste na tabela do SUS

Segundo federação, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos públicos e são responsáveis por 50,78% das internações

São Paulo - As santas casas e hospitais beneficentes do estado de São Paulo fazem um protesto nesta segunda-feira (8/4) pelo aumento no valor pago pelo Ministério da Saúde em procedimentos médicos como consultas, exames e cirurgias. A iniciativa é parte do Ato de Mobilização Nacional das Santas Casas e Hospitais Beneficentes. De acordo com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo (Fehosp), dos 300 hospitais, 70 estão atendendo apenas casos de urgência.

Representantes da Fehosp se reuniram pela manhã na capital paulista com o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, e o coordenador da Frente Parlamentar das Santas Casas, deputado estadual Itamar Borges. As santas casas deram um prazo de 60 dias para que o governo corrija a tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que não é reajustada desde 2008, segundo a entidade. A defasagem seria responsável por um déficit de R$ 5 bilhões por ano e uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões dos hospitais filantrópicos no estado.



De acordo com a Fehosp, caso o pedido não seja aceito, as entidades prometem reduzir os atendimentos, que hoje respondem por mais de 90% da capacidade da maioria desses hospitais, embora a legislação exija 60%. Segundo a federação, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos públicos e são responsáveis por 50,78% das internações.

Pela tabela de procedimentos do SUS, as entidades recebem, por exemplo, R$ 11 por uma consulta médica de pronto-atendimento, R$ 12 por um exame de raio X, R$ 22,50 por uma mamografia, R$ 3,70 por um exame de urina e R$ 150,05 por um parto cesáreo.