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Policiais do massacre do Carandiru começam a ser julgados em SP

O processo tem 79 PMs denunciados. Mas, devido à impossibilidade de julgar todos ao mesmo tempo, o Judiciário decidiu desmembrar o processo

Com mais de duas horas de atraso foi iniciado o julgamento dos réus do chamado massacre do Carandiru. Após 20 anos desde a data do crime, 26 policiais, acusados da morte de presos no interior do presídio Casa de Detenção de São Paulo, serão julgados nesta segunda-feira (8/4), no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista. Desse total, 24 compareceram, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.



Começam a ser julgados, os policiais que atuaram no segundo pavimento do presídio: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornelas Santos, Wlandekis Antonio Candido Silva, Roberto Alberto da Silva, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Joel Cantilio Dias, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antonio de Medeiros, Paulo Estevão de Melo, Haroldo Wilson de Mello, Roberto Yoshio Yoshikado, Fernando Trindade, Salvador Sarnelli, Elder Tarabori, Antonio Mauro Scarpa, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Sidnei Serafim dos Anjos, Eduardo Espósito, Maurício Marchese Rodrigues, Marcos Ricardo Poloniato, além dos dois faltosos. A eles são imputadas 15 acusações de homicídio qualificado.

O processo é um dos maiores da Justiça de São Paulo, com 57 volumes de autos principais e mais de 90 apensos, além dos documentos de autos desmembrados, perfazendo um total de mais de 50 mil páginas.

Entenda o caso

O crime ocorreu em 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante a invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9. O complexo era formado por sete pavilhões, cada um deles com cinco andares. Na época, 7.257 presos cumpriam pena no local, 2.706 deles só no Pavilhão 9, onde estavam encarcerados os réus primários, aqueles que cumpriam a primeira pena de prisão. O fato teve enorme repercussão internacional e, com o tempo, acabou levando à desativação do presídio, em 2002. Três prédios do complexo foram demolidos para construção de um parque. Os outros vão abrigar centros educacionais.

Com informações da Agência Brasil