Jornal Correio Braziliense

Brasil

MP denuncia oito dos 16 indiciados pela tragédia da boate Kiss

Vocalista e produtor da banda, assim como sócios-proprietários da boate foram denunciados por homicídio qualificado



Os sócios-proprietários da boate Kiss Elissandro Callegaro Spohr (Kiko) e Mauro Londero Hoffmann, assim como o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor da banda Luciano Augusto Bonilha Leão, foram denunciados por homicídios qualificados por fogo, asfixia e torpeza consumados e atentados.

O major dos bombeiros Gerson da Rosa Pereira e o sargento Renan Severo Berleza foram denunciados por fraude processual por incluir documentos na pasta referente ao alvará da boate após a tragédia. Volmir Astor Panzer, que realizava a contabilidade da boate, e o ex-sócio Elton Cristiano Uroda serão denunciados por falso testemunho.

O Ministério Público pediu o arquivamento de três indiciamentos da polícia: Ricardo de Castro Pasche (gerente da boate Kiss), Luiz Alberto Carvalho Junior (secretário do Meio Ambiente) e Marcus Vinicius Bittencourt Biermann (funcionário da secretaria de Funanção que emitiu alvará da boate).

Também foram pedidas novas investigações para a Polícia Civil em relação a Ângela Aurelia Callegaro (proprietária da boate no papel e irmã de Kiko), Marlene Teresinha Callegaro (proprietária da boate no papel e mãe de Kiko), Miguel Caetano Passini (secretário de Mobilidade Urbana) e Beloyannes Orengo (chege da fiscalização da secretaria de Mobilidade Urbana

Além disso, os bombeiros que realizaram a vistoria não serão mais indiciados por homicídio doloso, e sim culposo. São eles: Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho. O caso será levado para a Justiça Militar.

Apoio aos sobreviventes e às famílias
Em um dia decisivo para o trâmite do caso, a Associação de Famílias de Vítimas de Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) deu início a uma iniciativa para prestar apoio a quem ainda está abalado com a tragédia, além de obter mais voluntários. Em uma vigília, familiares de vítimas ficam em frente à Praça Saldanha Marinho, no Centro da cidade da Região Central do Rio Grande do Sul, à disposição de quem quiser trocar experiências.

Com informações de Jacqueline Saraiva