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Defensoria Pública pede indenização para parentes das vítimas da boate Kiss

No total, 241 jovens que estavam na boate na noite da tragédia morreram em decorrência do incêndio provocado por uma fagulha de arteato pirotécnico tocar na espuma de isolamento acústico do estabelecimeto

A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul protocola, na tarde desta quarta-feira (27/3), ação civil pública de indenização, junto ao Fórum de Santa Maria (RS), às vítimas e familiares do incêncio da Boate Kiss ocorrido em 27 de janeiro deste ano.

O Estado do Rio Grande do Sul, o Município de Santa Maria e os empresários proprietários da Boate Kiss são os réus da ação civil. A defensoria dará mais informações sobre o caso, em coletiva, nesta tarde.

Entenda o caso

De acordo com o inquérito policial, o incêndio que ocorreu na noite de domingo (27/1) dentro da Boate Kiss começou após uma fagulha de artefato pirotécnico tocar a espuma de isolamento acústico da casa noturna. Além disso, o artefato, que foi aceso por um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, era inadequado para ambientes internos e a espuma também não era de material apropriado para o isolamento da boate.

As pessoas demoraram a perceber o fogo e quando tentaram fugir encontraram diversos obstáculos no caminho até a única porta de saída da boate. A maioria morreu asfixiada e envenenada com a fumaça tóxica produzida pela espuma.

Dezesseis pessoas foram indiciadas criminalmente e 28 no total foram indicadas como responsáveis pelas mortes dos 241 jovens que estavam na boate naquele dia.

[SAIBAMAIS]