Jornal Correio Braziliense

Brasil

Alga em sapato de Mizael era a mesma de represa onde corpo foi encontrado

Perito disse que o organismo achado em sapato de réu é do mesmo tipo encontrado em lago onde o corpo da advogada Mércia Nakashima foi abandonado

O biólogo do Instituto de Botânica, Carlos Eduardo de Mattos Bicudo, que deu parecer técnico sobre a alga achada no sapato do ex-policial militar Mizael Bispo afirmou que a ramificação é a mesma presente no lago em que o corpo da advogada Mércia Nakashima, assassinada em 2010, foi encontrado.

"Esse sapato pisou, necessariamente, na represa (de Nazaré Paulista)", declarou, em depoimento na tarde desta segunda-feira (11). O biólogo afirmou que o tipo de alga encontrado é de água doce e mais paradas e não em água salgada e em locais com correntezas.

Mais cedo, Márcio Nakashima, irmão de Mércia Nakashima, prestou depoimento de quase três horas. Ele disse que viu o acusado de matar a irmã com uma arma na mão em 11/6/2010. Neste dia, o réu foi visto próximo à represa onde o corpo da vítima foi encontrado.

Ainda em resposta aos advogados de defesa de Mizael, Márcio disse que não tentou convencer a irmã que se separasse do acusado. Por diversos momentos, a testemunha não se lembrou com precisão de dias e datas questionadas. Ivon Ribeiro é o último advogado de defesa do réu a fazer perguntas para o irmão da vítima.

Entenda o caso
O ex-policial militar é acusado de ter assassinado Mércia Nakashima. A advogada desapareceu após visitar a avó em Garulhos, na Grande São Paulo. Mércia foi vista pela última vez em 23/5/2010. O corpo da vítima foi encontrado em 11/6 daquele ano, dentro de uma represa em Nazaré Paulista, no interior do estado.