Em Foz do Iguaçu (PR), uma organização chamada Primeiro Comando Paranaense foi mapeada pelos órgãos de segurança. Em cadeias de São Luís e do interior, ficou confirmada a existência do Primeiro Comando do Maranhão. Na Bahia tem um braço forte do Primeiro Comando da Capital, conhecido por PCC, nascido na Casa de Custódia de Taubaté (SP). Sem contar as brigas internas que geraram, no Rio de Janeiro, os Amigos dos Amigos (ADA), os Inimigos dos Inimigos (IDI), os Amigos de Israel (AI), entre outros. Com exceção de um ou outro, seriam bandos indignos da preocupação estatal ou subestimá-los significa repetir um erro cometido no passado?
Policiais, procuradores e promotores de Justiça, administradores penitenciários, entidades ligadas à questão prisional, parlamentares e acadêmicos ouvidos pelo Correio são cuidadosos em tratar do assunto. Muitos exigem o anonimato e evitam pronunciar as siglas. É unânime, entretanto, a opinião da necessidade de vigilância total. Diretor-geral do Departamento Penitenciário do Paraná, Maurício Kuehne não esconde a realidade. ;Reconhecemos que existem facções criminosas dentro dos presídios, mas não entramos em detalhes por uma questão de segurança. Posso dizer que eles são monitorados;, afirma Kuehne, que é promotor de Justiça aposentado.