Jornal Correio Braziliense

Brasil

Justiça nega liberdade a donos da boate de Santa Maria

Até essa sexta-feira (15), 37 pessoas continuavam internadas, seis respirando com ajuda de aparelhos

Vinte dias depois da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que matou 239 pessoas, a Polícia Civil se apressa para terminar o inquérito, que deve ser entregue até o dia 26. Mais de 200 pessoas já foram ouvidas e as 1,6 mil páginas de laudos técnicos estão sob análise. Até o fechamento desta edição, 37 pessoas continuavam internadas, seis respirando com ajuda de aparelhos. De acordo com a polícia gaúcha, os depoimentos corroboram a tese de que há um conjunto de responsabilidades e circunstâncias que levaram ao incêndio. Ontem, a Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de sigilo das investigações, feito pelos advogados dos sócios da boate Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr. Em seu despacho, o juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1; Vara Criminal de Santa Maria, ressaltou que a tragédia alcançou repercussão mundial e disse que as informações sobre o caso são de interesse da sociedade.

Na quinta-feira, também foi negado o pedido de habeas corpus do vocalista da banda Gurizada Fandagueira, Marcelo de Jesus dos Santos. Antes, a Justiça já havia recusado pedido semelhante feito pelos advogados de um dos donos da casa noturna, Mauro Hoffmann. Além deles, outro sócio da boate, Elissandro Callegaro Spohr, e o produtor da banda, Luciano Augusto Bonilha Leão, também cumprem prisão preventiva.