Com previsão de mais chuva para o fim da tarde desta sexta-feira, Fabiana ainda mantém móveis e eletrodomésticos suspensos dentro de casa. "A água subiu muito rápido ontem. A chuva durou pouco tempo, mas foi suficiente para fazer esse estrago", declarou. A comerciante Míriam Figueiredo, 46 anos, também está apreensiva com a provável chuva. "As árvores [à beira do córrego] estão com raízes expostas. Isso é um risco também, porque pode cair nas casas", alertou.
Com a chuva da última quinta-feira (14/2), pelo menos 14 árvores tombaram, interditando vias. Foi o caso da Rua Três Irmãos, também na região do Morumbi, que ficou totalmente interditada desde a noite de ontem. Às 10h de hoje, o dentista Edivaldo Cremonimi, 57 anos, acompanhava a retirada da árvore, cujos galhos atingiram o carro dele que estava estacionado na rua. "Parei aqui para aguardar passar a chuva e vi meu carro ser atingido. Nem sei estimar o prejuízo", relatou.
Ele, que mora na região, voltava da sede social do São Paulo Futebol Clube, por volta das 17h, quando foi surpreendido pela chuva. "Fui pagar a mensalidade", disse. O dentista será uma das 4 mil pessoas, que frequentam diariamente a área social do clube, que estarão impedidas de usar as instalações pelos próximos dez dias. O local também sofreu consequências da enxurrada.
Um espaço de cerca de 150 mil metros quadrados ficou inundado. De acordo com o vice-presidente da Área Social do clube, Roberto Natel, foram destruídos setores como a sala nova de fisioterapia, a cozinha e as piscinas. %u201CPretendemos concluir [a limpeza] antes, mas [dez dias] é o período máximo que precisamos para deixar tudo limpo, com segurança, sem riscos de doenças para as pessoas que frequentam a área social%u201D, justificou.
A parte do estádio não foi afetada, e o jogo previsto para sábado (16/2) à noite no Morumbi não sofrerá alterações, segundo Natel.