Você se recorda de algum acidente envolvendo a falta de segurança?
Nunca houve um acidente envolvendo o público. Mas uma vez, em Ipatinga, caiu o teto do palco enquanto a nossa equipe montava a luz. Um cara que trabalhava conosco se cortou bastante. Mas ninguém correu risco de vida. E, houve a minha queda, há três anos, também em Minas.
A segurança é uma preocupação da banda?
Sim. Às vezes , mesmo em eventos ao ar livre, que é o que mais fazemos, algo pode dar errado. Por exemplo o DVD que gravamos em Brasília em 2008, havia tanta gente espremida contra a grade à minha frente, que eu não conseguia parar de pensar que bastaria uma briga ou qualquer outra confusão para que eu perdesse o controle da situação. Agora, e para shows fechados? Depois do que aconteceu no Rio Grande do Sul, estamos relendo com advogados nossos contratos, que até ontem diziam em relação ao contratante ou promotor, o seguinte:
"...... Responsabilizar-se por todos os aspectos do evento, inclusive àqueles relativos à obtenção de alvará, licença de funcionamento, licença do Corpo de Bombeiros e outras necessárias para a realização do evento.... "
Em outra cláusula o aspecto da segurança é retomado:
;O contratante tem que garantir a segurança total do evento."
Partimos portanto do pressuposto que as autoridades locais fiscalizam e que as leis em relação à segurança do público são seguidas. Que o lugar tenha saída de emergência. Que extintores funcionem. Que os seguranças tenham treinamento. Que os bombeiros proíbam pirotecnia quando o local for inapropriado. Parece-me que nosso papel é exigir segurança, mas cabe às autoridades fiscalizar. Da promotoria, ao juizado de menores, prefeitura e bombeiros. Mas, voltando ao contrato, dado o que aconteceu, e lendo essas cláusulas, elas agora me parecem insuficientes. Talvez, de agora em diante, tenhamos que pedir cópias desses alvarás.
O Capital já tocou em Santa Maria?
Sim. Acho que mais de duas vezes. É uma linda cidade universitária. A namorada do nosso tecladista, o Robledo Silva, é de lá.