Jornal Correio Braziliense

Brasil

Sem droga para câncer, ministério pede soluções a outros laboratórios

Único fabricante no país do remédio para leucemia linfoide aguda encerra a produção. Hospitais se preocupam com a escassez.

Com apenas 27 frascos restantes do medicamento Asparaginase, usado no tratamento de leucemia linfoide aguda (LLA), médicos do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB) temem a escassez. A demanda mensal do centro ; que tem atualmente 37 pacientes com LLA ; é de 40 frascos. Diante da decisão do único fabricante da droga no Brasil, o laboratório Bagó, de encerrar a produção, a incerteza no local aumentou. Para médicos, o baixo valor e a pouca demanda do medicamento são motivos que fizeram o laboratório desistir de produzi-lo.



O Ministério da Saúde informou que, na segunda-feira, pedirá que laboratórios (públicos e privados) apresentem propostas de produção e fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) do medicamento Asparaginase. Uma alternativa do governo federal é promover a importação do medicamento em caráter emergencial, sem a necessidade de passar pelo registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).