Um semestre depois de o Ministério da Educação (MEC) propor uma reforma no ensino médio como alternativa para melhorar o mau desempenho dos alunos, denunciado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), muito pouco foi feito. No início de dezembro, com quase dois meses de atraso, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) apresentou ao ministro, Aloizio Mercadante, um pacote de propostas ; algumas de cunho político, como a indicação de 50% das escolas a serem avaliadas. Hoje, o sistema é feito por amostragem. Mercadante garante que o redesenho dos três anos finais do aprendizado básico é prioridade e deve passar pelas reestruturação do currículo, formação dos professores e ampliação do ensino em tempo integral. Especialistas criticam as propostas do Consed e a morosidade do processo.
O plano dos secretários é abrangente e reserva aos estados o poder de acatar ou não uma decisão. À União, segundo o texto, cabe viabilizar formas de financiamento para equipar as escolas, capacitar professores, promover programas de mobilidade, dar suporte ao aluno ; como transporte e alimentação ; e apoiar o desenvolvimento de novas metodologias e materiais pedagógicos. A solução do MEC de integrar disciplinas, sugerida em portaria publicada há quase um ano, aparece sem destaque no pacote de ideias, com ressalva ao respeito às questões regionais. ;Tais inclusões, entretanto, devem ser fruto de decisões locais dos sistemas educacionais;, diz trecho do material.