O caso dos Vilela mostra o quanto o Estado, voraz em cobrar que o cidadão cumpra as obrigações, é lento na hora de colocar a mão no bolso para pagar por erros ou omissões. A dívida acumulada pelos governos ; tanto estaduais quanto prefeituras ; em favor de gente comum chega a R$ 94,3 bilhões ; equivalente ao orçamento anual mais polpudo da Esplanada, o do Ministério da Saúde. O montante é a soma dos débitos do Estado decorrentes de sentenças judiciais, os precatórios. Os dados foram levantados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que, neste ano, fará um esforço concentrado para agilizar os pagamentos. ;O cidadão que não paga a conta de luz tem a energia cortada. O inverso é bem diferente. Daí vem a desigualdade e a injustiça;, compara a juíza Agamenilde Dantas, secretária-geral do Fórum Nacional de Precatórios, do CNJ.