O presidente do Conselho Federal de Medicina, Luiz Roberto d;Ávila, disse na manhã desta terça-feira (11/12) que o Brasil não precisa criar mais cursos de medicina. Segundo ele, o problema do país é que há má distribuição de médicos por região e entre as redes pública e privada. Além disso, d;Avila ressaltou que muitos cursos de medicina são criados sem a preocupação devida com a estrutura das instituições e a qualidade dos docentes.
;A consequência dos problemas de ensino é a má qualificação dos médicos formados. O governo deveria investir na abertura de mais vagas em residência médica, para especialização dos profissionais, e pensar na restruturação de planos de carreira, para que mais pessoas queiram trabalhar no serviço público, por exemplo;, defendeu.
Em junho deste ano, o Ministério da Educação anunciou o Plano de Expansão da Educação em Saúde, voltado para regiões consideradas prioritárias, que prevê o aumento em 10% do número de vagas existentes em cursos de medicina.
Dados do CFM colocam o Brasil na segunda posição no mundo em número de escolas médicas, presentes em 197 instituições. O país só perde para a Índia, que tem 272 instituições. Ainda segundo o conselho, nos Estados Unidos, há 137 escolas de medicina, mesmo com uma população superior à brasileira.
Atualmente, o país tem uma média de 1,9 médico para cada mil habitantes. O governo defende que o índice ideal seria 2,5. Algumas unidades da federação, registram médias superiores a 6 médicos para cada mil habitantes, como é o caso do Distrito Federal, mas não oferecem boa assistência à população