Rio de Janeiro ; Aproximadamente 76% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos com atividades de assistência social estavam localizadas nas regiões mais ricas do Brasil (Sul e Sudeste) em 2010. Do total, a maioria estava sediada nos grandes centros urbanos, onde as desigualdades mais acentuadas levam à vulnerabilidades sociais. Os dados fazem parte do Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em 2010, divulgado nesta quarta-feira (5/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em 2010, existiam 290,7 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos, o que representava 52,2% das cerca de 557 mil entidades sem fins lucrativos e 5,2% do total de 5,6 milhões de entidades públicas e privadas, lucrativas ou não.
A Região Sudeste, mais populosa do país, com mais de 42% dos habitantes, concentrava a maior parte dessas instituições (44,2%), seguida da Nordeste (22,9%). O Sul, com 14% da população brasileira, concentrava 21,5% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos no país. No Norte, com 8,3% dos brasileiros, estavam 4,9% das instituições com esse perfil.
Além da pobreza, essas entidades atuavam nas áreas de combate à violência, a abusos, à exploração sexual, à falta de acessibilidade, entre outros problemas. Apenas 8,2% de todas as fundações privadas e associações sem fins lucrativos no país desenvolviam ações de educação e pesquisa e saúde. A participação de entidades de meio ambiente e proteção animal representava menos de 1% do total.