A sessão que vai julgar o ex-goleiro Bruno e os demais envolvidos na morte da modelo Eliza Samúdio foi iniciada oficialmente às 12h desta segunda-feira (19/11). A juíza Marixa Rodrigues leu a denúncia do Ministério Público: Bruno Fernandes das Dores de Souza é acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver.
[SAIBAMAIS]Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, é acusado de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver. Dayanne Rodrigues do Carmo Souza é acusada de sequestro e cárcere do bebê Bruninho, filho de Eliza. Fernanda Gomes de Castro é acusada de sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. A magistrada relembrou que já deu aos defensores o tempo para pedidos de suspensão e nulidade do júri antes da instalação da sessão.
Advogado deixa defesa
Após a magistrada dar à defesa a oportunidade de falar por 20 minutos para alegações preliminares, foi continuado o jogo de estratégias para atrasar o julgamento. Dois advogados ameaçaram abandonar o plenário. O primeiro a falar foi o advogado do ex-goleiro, o criminalista Rui Pimenta. Ele disse que é imprescindível a presença da testemunha chave, o primo de Bruno, J.L. que era menor na época do crime. Ele não compareceu ao fórum, porque é testemunha protegida e não pode aparecer em público. Pimenta não gastou os tempo todo concedido pela magistrada.
O segundo a falar foi Ércio Quaresma, defensor de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele apenas entregou a defesa, muito revoltado, e disse que sairia do processo. A juíza disponibilizou defensores públicos, presentes na sessão, para defender Bola ; levando em conta que Quaresma abrira mão dos trabalhos. O advogado Fernando Magalhães, também defensor do réu, tentou mediar com a juíza a questão do abandono, mas não obteve sucesso. Ele acabou usando o tempo para fazer alegações.
Os advogados de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, usaram parte do tempo concedido e conversaram em voz baixa com a juíza. A defesa da Dayanne Rodrigues também usou parte do tempo. Francisco Simim ameaçou abandonar o plenário, assim como o Quaresma. A juíza mandou que dois defensores públicos se posicionem e vistam becas para serem convocados. Eles podem substituir Quaresma e Simim. A defesa de Fernanda Gomes ainda não falou.