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Após decisão judicial, grupo de mulheres do MST deixa fazenda da Cutrale

Após ocupar por dois dias a fazenda da Cutrale, em Borebi, no interior paulista, o grupo com cerca de 300 mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) deixou hoje (13/11) o local. As manifestantes saíram do imóvel em cumprimento a uma ação de reintegração de posse. Ao sair da fazenda, o grupo ainda promoveu uma manifestação interrompendo o tráfego na Rodovia Presidente Castello Branco, que, segundo a concessionária da via, durou cerca de 15 minutos.

O MST entende que a Fazenda Santo Henrique faz parte do Núcleo Colonial Monções criado em 1909, quando o governo federal adquiriu as terras para assentar colonos imigrantes. Segundo o movimento, as terras foram cedidas para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2007. Mas, a Cutrale permanece no local devido a recursos judiciais.



A mesma fazenda foi ocupada pelo MST em setembro de 2009. Na época, parte da plantação de laranja foi destruída pelos manifestantes.

;A atuação da Cutrale é um exemplo completo do avanço do agronegócio: concentração de terras, monocultura para exportação, uso indiscriminado de agrotóxicos, desrespeito às leis trabalhistas e ao meio ambiente;, disse Kelli Mafort, integrante de direção nacional do MST.

A Cutrale lamentou, por meio de nota, a ocupação, que, segundo a empresa, provocou o impedimento do trabalho dos 450 funcionários da unidade agrícola.