Jornal Correio Braziliense

Brasil

Dois dos sete réus do caso Bruno serão julgados de forma separada

Por ser permitido a cada acusado dispensar três jurados, há impossibilidade de realizar o julgamento dos sete ao mesmo tempo



Os advogados tentaram ainda afastar a juíza Marixa do caso e apresentaram um pedido de suspeição contra ela, o que também foi negado pelo Tribunal. A magistrada enfatizou que no julgamento em Plenário a decisão final é dada pelos jurados, cabendo ao juiz apenas presidir a realização da instrução. Ela fez questão de destacar ainda que não tem interesse na condenação ou absolvição de nenhum dos réus.

Entenda o caso

; De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público, em 4 de junho de 2010 Macarrão e um primo de Bruno, na época ainda adolescente, sequestraram Eliza e o bebê, a agrediram e a levaram para a casa do goleiro no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
; No dia seguinte, Eliza foi levada para Contagem, na Grande BH, e depois para o sítio do goleiro, em Esmeraldas, onde teria sido mantida em cativeiro até ser morta, em 10 de junho.
; O homicídio teria ocorrido à noite, em Vespasiano, num imóvel do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que teria estrangulado Eliza com a ajuda de Macarrão. O ex-policial também sumiu com o corpo, que ainda não foi encontrado.
; O filho de Eliza foi levado de volta ao sítio. Lá, Bruno, Macarrão, Sérgio Sales e o adolescente queimaram a mala e as roupas da vítima.
; Os acusados foram para Ribeirão das Neves e de lá para o Rio em um ônibus que transportava o time mantido por Bruno.
; Dayanne, ex-mulher do goleiro, ficou com o bebê no sítio. Em 18 de junho, ela viajou e deixou a criança com Elenilson e Wemerson. O garoto foi entregue para uma mulher, que o repassou para outra.
; O bebê foi localizado pela polícia, depois de denúncia da morte de Eliza. Todos os envolvidos foram presos e denunciados à Justiça.
; Atualmente, apenas Bruno, Macarrão e Bola aguardam julgamento em penitenciárias.