Jornal Correio Braziliense

Brasil

MEC discorda de Congresso e quer currículo com menos disciplinas

A inclusão de duas novas disciplinas no currículo escolar brasileiro, aprovada em fase terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, estava pronta para ser enviada à Câmara dos Deputados, mas o governo federal ; que é contra ; fez o possível para retardar a tramitação do tema. Com a ajuda do líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM), o Planalto conseguiu levar ao plenário a inclusão de Cidadania Moral e Ética no ensino fundamental e Ética Social e Política no ensino médio, sem data para votação. A manobra do governo gera polêmicas. Quem apoia a alteração do currículo condena, mas, entre especialistas, é uma articulação bem-vista.





Nos últimos anos, a grade horária de crianças e adolescentes sofreu um inchaço de pelo menos seis disciplinas. Sociologia, filosofia, antropologia e política foram alguns dos temas incluídos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e passaram a fazer parte da rotina dos estudantes. Mãe de Pedro Picanço, 9 anos, a médica Cristiana Campos, 40, apoia a inserção de mais uma matéria; a ética. ;O colégio é um bom ambiente para aprender desde cedo valores do que é certo e errado;. Pedro discorda por considerar uma coisa a mais para estudar. ;Já está tão difícil;, lamenta. Dentro da grade do garoto, já são pelo menos 10 matérias. ;E português não é só português, é literatura, redação, gramática;, acrescenta a mãe.