Uma ação da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) levou neste domingo (30/9) profissionais de diferentes áreas de saúde ao Parque da Juventude, na zona norte da capital, para fazer testes e orientar a população sobre como evitar doenças no coração. Segundo a organização, 300 pessoas participaram da campanha Em Busca do Coração Saudável.
Durante o evento, os visitantes puderam assistir a palestras sobre fatores de risco das doenças do coração, incentivo à mudança no estilo de vida e como reconhecer sintomas do infarto. Solange Guizilini, fisioterapeuta da Socesp, ensinou ao público como proceder quando há suspeita de infarto. ;De acordo com as novas diretrizes da American Heart, o leigo deve identificar se o indivíduo perdeu a consciência e, nesse caso, chamar o socorro. Se ele não respirar ou respirar mal, deve iniciar a massagem cardíaca até o socorro chegar;, disse.
As avaliações de saúde feitas no local se dividiram entre diferentes setores. No estande da fisioterapia, os profissionais mediram a força muscular respiratória e periférica. ;As doenças do coração podem interferir nessas forças. Se a pessoa tem infarto, ao longo do tempo ele pode levar o coração a apresentar insuficiência cardíaca, que é a incapacidade de fornecer oxigênio para a musculatura;, explicou Solange.
A fisioterapeuta alertou para os sinais de fraqueza muscular, muitas vezes ligados a problemas no coração, que o organismo pode apresentar. Ela destacou o cansaço excessivo ao subir escadas, durante as relações sexuais ou ao realizar atividades rotineiras como ir à padaria. ;Estamos conscientizando a população de que a doença cardíaca pode prejudicar as atividades da vida diária;.
No estande da enfermagem, havia medição da pressão arterial e avaliação do histórico familiar. A enfermeira Ivany Baptista, ao verificar pacientes que apresentavam hipertensão e algum fator de risco como colesterol alto, diabetes, gordura corpórea ou sedentarismo, orientava a visita ao médico e o acompanhamento constante, por meio da aferição semanal da pressão. ;Porque esse indivíduo já tem o risco de desenvolver problemas de hipertensão;, explicou.
Ela contou que se surpreendeu, durante a campanha, com o alto número de pessoas jovens e ativas nas quais foi constatada hipertensão. ;Estamos em um parque, com muitas pessoas jovens fazendo atividades físicas. Mas, muitas delas já têm nível pressórico elevado. Elas nunca tinham parado para medir a pressão arterial. Diante de nossas orientações, puderam ser alertados de que essa doença cardiovascular pode acometer também os jovens;, disse Ivany.
No estande da odontologia, o alerta era para um perigo pouco conhecido, o da associação entre problemas nos dentes e doenças do coração. ;Algumas doenças cardiovasculares provêm de doenças bacterianas presentes na boca. As bactérias caem na corrente sanguínea e podem lesionar as válvulas cardíacas;, explicou o cirurgião-dentista Frederico Buhatem.
A funcionária pública aposentada Marineide de Paula Silva, 59 anos, estava entre os visitantes que não sabiam da existência dessa associação. ;Ouvindo as explicações, você consegue se conscientizar da necessidade de cuidar da saúde, da dentição. Você pode ter um problema cardíaco por uma infecção, coisa com que a gente, em geral, nem se preocupa;.
Marineide aproveitou a campanha para ouvir também as explicações dos educadores físicos, que incentivavam os visitantes, sobretudo os sedentários como ela, a praticar esportes e fazer exercícios físicos. ;Eu sempre penso em fazer um esporte, mas acabo deixando para depois. Mas já me conscientizei de que, se eu não fizer, o resultado vai ser negativo. Penso em começar hidroginástica, porque tenho problema de artrose e outro exercício não poderia fazer;, contou a aposentada.
Entre os profissionais da área de nutrição que integravam a ação, a preocupação maior estava ligada ao sobrepeso. Regina Marques Pereira utilizou as medidas de Índice de Massa Corporal (IMC) aferida dos participantes para indicar os valores calóricos ideais a serem ingeridos por cada pessoa atendida no local. ;Dependendo do índice de massa, vamos mostrar, na prática, como atingir esse valor calórico, sem receitinhas de cardápio, mas com base na pirâmide alimentar;, explicou.
Segundo a nutricionista, a obesidade foi um problema recorrente constatado pelos profissionais durante a campanha. ;Só a circunferência abdominal aumentada já representa risco para a síndrome metabólica. Então, o acúmulo de gordura localizada ou circulando no sangue é risco para o coração;.
Entre os participantes do evento, porém, havia uma exceção nesse quesito: o educador Raphael Veiga Gianninni (25 anos). ;Descobri que estou abaixo do peso. Fazia muito tempo que não ia ao médico, mais de um ano;, disse. Apesar disso, Raphael cuida da saúde praticando ciclismo diariamente. ;A bicicleta é meu meio de locomoção, uso para ir ao trabalho, para o lazer;, acreescentou.
Em outro estande montado no parque, psicólogos auxiliavam tabagistas que desejam deixar o vício. O cigarro representa alto fator de risco para as doenças do coração e, segundo a psicóloga Simone Guidugli, a maior parte dos atendidos durante o evento apresentou nível elevado de dependência. ;Nós demos dicas comportamentais, como levar à boca e comer coisas que não engordam como cenoura, tomar vários copos de água, ler, fazer caminhadas. São formas de tirar a atenção do tabagismo para algo mais saudável;, lembrou.
Durante o evento, os visitantes puderam assistir a palestras sobre fatores de risco das doenças do coração, incentivo à mudança no estilo de vida e como reconhecer sintomas do infarto. Solange Guizilini, fisioterapeuta da Socesp, ensinou ao público como proceder quando há suspeita de infarto. ;De acordo com as novas diretrizes da American Heart, o leigo deve identificar se o indivíduo perdeu a consciência e, nesse caso, chamar o socorro. Se ele não respirar ou respirar mal, deve iniciar a massagem cardíaca até o socorro chegar;, disse.
As avaliações de saúde feitas no local se dividiram entre diferentes setores. No estande da fisioterapia, os profissionais mediram a força muscular respiratória e periférica. ;As doenças do coração podem interferir nessas forças. Se a pessoa tem infarto, ao longo do tempo ele pode levar o coração a apresentar insuficiência cardíaca, que é a incapacidade de fornecer oxigênio para a musculatura;, explicou Solange.
A fisioterapeuta alertou para os sinais de fraqueza muscular, muitas vezes ligados a problemas no coração, que o organismo pode apresentar. Ela destacou o cansaço excessivo ao subir escadas, durante as relações sexuais ou ao realizar atividades rotineiras como ir à padaria. ;Estamos conscientizando a população de que a doença cardíaca pode prejudicar as atividades da vida diária;.
No estande da enfermagem, havia medição da pressão arterial e avaliação do histórico familiar. A enfermeira Ivany Baptista, ao verificar pacientes que apresentavam hipertensão e algum fator de risco como colesterol alto, diabetes, gordura corpórea ou sedentarismo, orientava a visita ao médico e o acompanhamento constante, por meio da aferição semanal da pressão. ;Porque esse indivíduo já tem o risco de desenvolver problemas de hipertensão;, explicou.
Ela contou que se surpreendeu, durante a campanha, com o alto número de pessoas jovens e ativas nas quais foi constatada hipertensão. ;Estamos em um parque, com muitas pessoas jovens fazendo atividades físicas. Mas, muitas delas já têm nível pressórico elevado. Elas nunca tinham parado para medir a pressão arterial. Diante de nossas orientações, puderam ser alertados de que essa doença cardiovascular pode acometer também os jovens;, disse Ivany.
No estande da odontologia, o alerta era para um perigo pouco conhecido, o da associação entre problemas nos dentes e doenças do coração. ;Algumas doenças cardiovasculares provêm de doenças bacterianas presentes na boca. As bactérias caem na corrente sanguínea e podem lesionar as válvulas cardíacas;, explicou o cirurgião-dentista Frederico Buhatem.
A funcionária pública aposentada Marineide de Paula Silva, 59 anos, estava entre os visitantes que não sabiam da existência dessa associação. ;Ouvindo as explicações, você consegue se conscientizar da necessidade de cuidar da saúde, da dentição. Você pode ter um problema cardíaco por uma infecção, coisa com que a gente, em geral, nem se preocupa;.
Marineide aproveitou a campanha para ouvir também as explicações dos educadores físicos, que incentivavam os visitantes, sobretudo os sedentários como ela, a praticar esportes e fazer exercícios físicos. ;Eu sempre penso em fazer um esporte, mas acabo deixando para depois. Mas já me conscientizei de que, se eu não fizer, o resultado vai ser negativo. Penso em começar hidroginástica, porque tenho problema de artrose e outro exercício não poderia fazer;, contou a aposentada.
Entre os profissionais da área de nutrição que integravam a ação, a preocupação maior estava ligada ao sobrepeso. Regina Marques Pereira utilizou as medidas de Índice de Massa Corporal (IMC) aferida dos participantes para indicar os valores calóricos ideais a serem ingeridos por cada pessoa atendida no local. ;Dependendo do índice de massa, vamos mostrar, na prática, como atingir esse valor calórico, sem receitinhas de cardápio, mas com base na pirâmide alimentar;, explicou.
Segundo a nutricionista, a obesidade foi um problema recorrente constatado pelos profissionais durante a campanha. ;Só a circunferência abdominal aumentada já representa risco para a síndrome metabólica. Então, o acúmulo de gordura localizada ou circulando no sangue é risco para o coração;.
Entre os participantes do evento, porém, havia uma exceção nesse quesito: o educador Raphael Veiga Gianninni (25 anos). ;Descobri que estou abaixo do peso. Fazia muito tempo que não ia ao médico, mais de um ano;, disse. Apesar disso, Raphael cuida da saúde praticando ciclismo diariamente. ;A bicicleta é meu meio de locomoção, uso para ir ao trabalho, para o lazer;, acreescentou.
Em outro estande montado no parque, psicólogos auxiliavam tabagistas que desejam deixar o vício. O cigarro representa alto fator de risco para as doenças do coração e, segundo a psicóloga Simone Guidugli, a maior parte dos atendidos durante o evento apresentou nível elevado de dependência. ;Nós demos dicas comportamentais, como levar à boca e comer coisas que não engordam como cenoura, tomar vários copos de água, ler, fazer caminhadas. São formas de tirar a atenção do tabagismo para algo mais saudável;, lembrou.