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Há cinco anos, mundo assumiu metas contra efeitos de mudanças climáticas

Brasília ; A elevação das temperaturas climáticas, o aumento da emissão de gases e as consequências do efeito estufa sobre as pessoas e o mundo, associados ao desmatamento e ao risco de extinção de espécies da natureza, obrigaram os políticos a assumir compromissos para a busca de alternativas que solucionem esses problemas. A decisão de formalizar as parcerias foi tomada há cinco anos quando autoridades assumiram as discussões e as metas como prioridades.

Em 2007, os compromissos foram formalizados durante o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), que publicou o quarto Relatório de Avaliação (AR4). A iniciativa ocorreu no momento em que foi registrada uma série de catástrofes naturais, vinculadas às mudanças climáticas, em vários países, como secas na China e África, além de inundações na Ásia e em alguns países africanos.

Na ocasião, foram apresentados estudos mostrando que houve uma elevação considerada incomum de catástrofes com elevadas temperaturas, diferentemente do que vinha ocorrendo nos anos anteriores. A previsão para os próximos anos é que as temperaturas aumentem, no mínimo, 1,8 grau centígrado (;C) e, no máximo, 4;C ou mais, se não forem adotadas as medidas necessárias para impedir o agravamento da situação.

Os especialistas advertiram ainda sobre o risco de extinção de algumas espécies de animais e plantas em decorrência da elevação das temperaturas. Para os cientistas, a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera está diretamente relacionada com a temperatura média global do planeta.

A estufa é o dióxido de carbono abundante gerado pela queima de combustíveis fósseis. Segundo os pesquisadores, um século de industrialização associado ao desmatamento e aos métodos agrícolas inadequados levou ao aumento da quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera. Com o crescimento da população e das economias, a tendência é aumentar o nível acumulado de emissões de gases de efeito estufa.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (cuja sigla em inglês é Noaa), o nível médio do mar subiu entre 10 e 20 centímetros ao longo do século 20. Em 2100, a previsão é que tenha aumentado 18 a 59 centímetros. As temperaturas mais elevadas levam à expansão do volume dos oceanos, derretendo geleiras, adicionando mais água.