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Goleiro Bruno pode ser libertado na próxima semana, diz advogado

O advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro Bruno Fernandes, preso pelo sumiço e morte da modelo Eliza Samudio, acredita que o atleta pode deixar a prisão na próxima semana. Um pedido de soltura para o réu ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) a espera de julgamento. Na última terça-feira (11/9), foi juntada ao processo uma petição com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que reduziu a pena do jogador e do amigo dele, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, nos crimes cometidos contra Eliza na cidade. No documento, a defesa pede que o goleiro seja solto provisoriamente enquanto não acontece o julgamento do recurso.

Para Pimenta, o atleta, que já cumpriu mais de dois anos de prisão, não pode mais ficar preso. ;Bruno está preso por dois motivos. Pela pena do Rio de Janeiro e por uma preventiva decretada pela juíza em Contagem. Como a decisão no Rio diminuiu a pena para um ano e três meses, ele já cumpriu. Ninguém pode ficar tanto tempo preso por causa de uma prisão preventiva. O tempo máximo é até 110 dias. Eles estão cuspindo na Constituição;, afirma o advogado.

Junto com a petição que a defesa pediu para anexar ao pedido de habeas corpus, o defensor de Bruno solicita que o goleiro seja solto provisoriamente até que haja o julgamento do STF. ;Está cheio de processo para julgar por causa do mensalão. Espero que o ministro faça um despacho monocrático neste fim de semana. Tenho a esperança que segunda-feira ou terça-feira Bruno já esteja nas ruas. Ele não pode ficar preso mais momento nenhum, pois já pagou a pena;, diz Pimenta.



[SAIBAMAIS]O pedido de soltura do atleta iria ser julgado pelo ministro Cézar Peluso. Porém, com a aposentadoria dele, o ministro Joaquim Barbosa assumiu o caso.

Decisão recorrida
O Ministério Público do Rio de Janeiro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 29 de agosto, contra decisão do TJRJ que reduziu a pena do goleiro Bruno Fernandes.

Em Minas, Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales, e o amigo Macarrão, foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O atleta, Macarrão e Bola, seguem presos. Sérgio foi solto por ter contribuído com as investigações e acabou assassinado em 22 de agosto deste ano.