A expectativa de Eliana era a de julgar a suposta omissão do desembargador Luiz Zveiter em conceder escolta à juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto do ano passado, em Niterói (RJ). O magistrado era presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na época em que Patrícia deixou de receber proteção policial. Antes de iniciar o voto, Eliana Calmon viu a pretensão de julgar o caso ir por água abaixo após uma questão de ordem ser apresentada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de Zveiter. Bastos disse ter sido surpreendido na segunda-feira, véspera da sessão, com a exclusão da juíza Maria Sandra Kayat do processo ; ela também era acusada de omissão. ;Simplesmente retiraram essa desembargadora do processo, o que traz enorme prejuízo à defesa que eu havia preparado.;