Taís declarou ainda que, ao deixar a ocupação, terá mais vez em que morar na rua. ;É difícil, nós vamos para a rua com as crianças. Já é a segunda vez que a gente passa por isso. Mas já moramos na rua, é só por uns colchões e abrir um lona;.
Maria Rita Almeida da Silva, de 61 anos, morava no prédio com a filha Shirley Silva Rocha, 35 anos, que é promotora de vendas em um mercado de São Bernardo, cidade da região metropolitana de São Paulo. Ela tem três netos: Jonata Silva Rocha, de 14 anos, Laurie Silva Rocha, de 11 anos, e Letícia Silva Rocha, de 9 anos. Maria disse que o albergue seria a última opção de destino para a família.;O ambiente de albergue é ruim, não é um ambiente para criança. Também é ruim porque eles colocam a gente lá e esquecem da gente. Nós estamos lutando é por uma moradia;, ressaltou.
Em nota, a Prefeitura disse que prestou todo apoio necessário às famílias que tiveram de ser transferidas na ação de reintegração de posse. A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) anotou as famílias que serão encaminhadas para a Central de Habitação a fim de serem cadastradas em programas habitacionais.
Segundo a prefeitura, a Secretaria Municipal de Assistência Social ofereceu abrigo e colocou à disposição o Centro de Referência de Assistência Social Sé, na Avenida Tiradentes, para o cadastramento em programas de transferência de renda e atendimento em outros serviços sociais. ;Vale destacar que, anteriormente, 111 famílias deixaram o local depois de serem beneficiadas com o auxílio-aluguel e mais 183 foram para as casas de parentes ou de amigos;, informou.