O programa de bolsas de estudos Ciência Sem Fronteiras, parceria do Ministério da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação, tem como principal barreira a falta de fluência, conversação e entendimento da língua inglesa pelos alunos brasileiros. Lançada oficialmente em dezembro do ano passado, a iniciativa concedeu até o momento 14.944 bolsas. Do total, somente 1.435 foram para o Reino Unido, os Estados Unidos e a Austrália. Em contrapartida, mais do que o dobro das vagas foram oferecidas em universidades espanholas e portuguesas. Os editais para esses países não cobram exame de proficiência.
Pesquisa realizada pela escola de inglês on-line Global English mostra a deficiência em números. O Brasil ficou em penúltimo lugar no ranking mundial dos países com melhor proficiência em inglês, na frente somente da Colômbia. O resultado é de um teste feito em 76 países, com foco na análise no nível de conhecimento da língua de Shakespeare. No Brasil, 13 mil pessoas fizeram a prova. Enquanto a média mundial foi de 4,15 pontos, a brasileira ficou em 2,95.