O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reunirá na próxima terça-feira com os 27 membros do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para cobrar agilidade na implementação efetiva das diretrizes de reforma do currículo do ensino médio, homologadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) no ano passado e publicadas em janeiro no Diário Oficial da União. ;Vamos discutir de que forma avançar nesta direção. Sabemos que qualquer mudança só pode acontecer a partir de um pacto com os secretários;, afirma o titular do MEC em entrevista ao Correio.
A discussão é bem antiga dentro do MEC, mas foi tirada da gaveta pelo ministro após a divulgação do baixo desempenho e da estagnação (veja arte) dos alunos do ensino médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, na última terça-feira. Com isso, o ministério se viu forçado a acelerar as mudanças. Mercadante defende um currículo redefinido com base nas áreas de competência cobradas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ; matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. ;Essa divisão ajudaria a flexibilizar o currículo. A ideia não é substituir disciplinas e, sim, trabalhar com uma coordenação pedagógica que integre as áreas;, defende Mercadante. O ensino médio da rede pública tem hoje 13 disciplinas obrigatórias, mas pode chegar a até 19, se levadas em consideração as opcionais.