Rio de Janeiro ; Uma simulação de ação terrorista com reféns no metrô do Rio mobilizou 200 policiais de elite na manhã deste sábado (11/8). Participaram da operação policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Grupamento Aeromóvel (GAM), além da guarda municipal e funcionários do metrô.
A situação envolvia três terroristas latino-americanos que levavam explosivos para o estádio Maracanã. Funcionários do metrô perceberam algo estranho e acionaram o Bope às 10h. O trecho entre as estações Cidade Nova e São Cristóvão foi paralisado e o local foi cercado, com atiradores de elite posicionados em um viaduto.
A negociação tensa seguiu até às 11h20, quando policiais desceram o viaduto de rapel e fizeram a invasão tática do vagão, com o auxílio de cães de faro. Ao fim da operação, os terroristas foram rendidos, mas houve um refém morto e quatro feridos.
O treinamento faz parte dos preparativos de segurança para a atuação das equipes de policiais e funcionários da concessionária em situações de emergência nos grandes eventos que ocorrerão na cidade, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Também participaram 80 funcionários da segurança do MetrôRio.
De acordo com o tenente-coronel André Silva, subcomandante do Bope, a operação foi importante para treinar a integração das forças de segurança da cidade e privadas, bem como o tempo de resposta à situação e isolamento da área, como fechamento de vias.
Segurança
;Nesses grandes eventos a polícia tem que estar preparada e desde já estamos fazendo exercícios para reconhecimento das principais áreas da cidade, o metrô atende mais de 700 mil pessoas por dia, então é uma área importante, é um possível alvo. A ideia da simulação foi testar a nossa capacidade de resposta, a integração também com o sistema do metrô, o reconhecimento das áreas e fazer um estudo de caso pra saber quais são as nossas possibilidades;.
O coordenador de segurança do MetrôRio, Wagner Fernandes, disse que a simulação ajuda as forças de segurança a entenderem melhor como funciona o sistema de transporte.
;O sistema metroviário é muito específico e toda essa parceria e esse treinamento fazem com que a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil tenham um conhecimento melhor do nosso sistema e possam agir em qualquer eventualidade;.
Essa foi a oitava mega simulação promovida no MetrôRio, a maioria com o Corpo de Bombeiros, para atuar em caso de acidente. Com o Bope, é o segundo treinamento. Toda a simulação ocorreu em um trecho do metrô que não opera nos fins de semana, portanto, não interferiu na circulação normal dos trens.