O desgaste físico e emocional que Geusilene experimentou são sintomas da doença associada ao esgotamento profissional. Após tratamentos com psicólogos e psiquiatras, ela admitiu que a depressão foi desencadeada, especialmente, pelo desinteresse dos estudantes dentro de sala, pelas péssimas condições de trabalho e pela sobrecarga de serviço. A docente, que lecionava geometria e ciências para o ensino médio, chegou a dar aula para 14 turmas, com 57 alunos cada uma. ;A depressão é um conjunto de fatores, mas o ambiente de trabalho influencia uns 90%. É desgastante demais e os professores ainda levam coisas para concluir em casa. A gente quer dar conta de tudo, mas isso vira uma bola de neve, que uma hora estoura;, justifica. A docente também garante que falta apoio da Secretaria de Educação. ;Isso é um descaso. Meu tratamento foi todo particular e os medicamentos são caros;, relata. Os profissionais da educação atualmente no DF não têm plano de saúde, mas ganham R$ 200 mensais de auxílio-saúde.