O esvaziamento do ato foi motivo de diversas manifestações durante as cerimônias no interior da igreja, inclusive por parte dos sacerdotes católicos. ;Quem tem medo da Candelária? Que tem medo do grito das crianças do Rio de Janeiro? Parece que alguém tem medo;, protestou o padre Renato Chiera, da diocese da Baixada Fluminense.
Para o sacerdote, os eventos de homenagem aos mortos da chacina sempre tiveram repercussão. ;Nós sempre tivemos a possibilidade de fazer uma bela caminhada, essa voz ressoava pelo Brasil e pelo mundo inteiro. Será que alguém tem medo disso? Que isso manche a imagem da Cidade Maravilhosa?;, questionou.
O presidente do Cedca, José Pinto Monteiro, disse que a comissão organizadora e o próprio conselho se esforçaram para garantir o transporte, quando a verba de R$ 200 mil não foi liberada. ;O que nós tentamos fazer em cima da hora: buscar requerimento junto à secretaria. Mas isso demanda tempo, e conforme vai se aproximando o dia fatal, fica muito mais fácil justificar a ausência do recurso, por conta do tempo, do que efetivamente arregaçar a manga e ir buscar os caminhos;, criticou.
Monteiro também reclamou do esvaziamento do colegiado. ;O fato é que, por uma sucessão de inconsequências e de desmandos, nós não conseguimos, nesses últimos dois anos, ter uma estruturação do conselho da criança, alinhada com os requerimentos da política administrativa;.