Le Bourget - O acidente com o Airbus A330 no voo da Air France entre Rio e Paris, que deixou 228 mortos em 2009, poderia sem dúvida acontecer com qualquer outra tripulação, afirmou o diretor do Escritório de Investigação e Análise (BEA), o órgão do Estado francês que emitiu nesta quinta-feira (5/7) seu relatório final sobre a tragédia.
"Se o BEA achasse que este acidente foi devido somente à tripulação, não teria feito recomendações sobre os sistemas, sobre a formação etc. O que quer dizer que este acidente poderia ter acontecido com outras tripulações", afirmou Jean-Paul Troadec, falando à imprensa. "Dois acontecimentos levaram ao acidente, a obstrução das sondas de velocidade Pitot e o não reconhecimento do descontrole do avião", acrescentou.
[SAIBAMAIS]A Airbus, por sua vez, comprometeu-se nesta quinta-feira a adotar todas as medidas necessárias para melhorar as condições de segurança aérea. "A Airbus adotará todas as medidas que permitirão contribuir para este esforço coletivo em favor da otimização da segurança aérea", segundo um comunicado. O grupo "já começou a trabalhar em nível industrial a fim de reforçar as exigências relativas à resistência das sondas Pitot", acrescentou.
Segundo o BEA, o acidente com o voo da Air France Rio-Paris de 1; de junho de 2009, no qual morreram 228 pessoas, foi provocado por falhas técnicas e humanas. De acordo com o relatório deste organismo oficial francês, que divulgou suas conclusões nesta quinta-feira, ocorreram problemas técnicos derivados da ergonomia do avião (um Airbus A330), mas também humanos, consequência das ações dos pilotos, que sofreram muito estresse.