Em seguida, Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, teria levado a testemunha e Fernanda a um bar no Bairro Planalto, Região Norte da capital mineira. A mulher relata que Macarrão, Bruno e o adolescente J., à época com 17 anos, só chegaram ao local várias horas mais tarde. No dia seguinte, Luiz Henrique Romão contou à amante que o menor ainda estava nervoso. Dias depois, ela diz ter recebido de Cleiton um par de brincos, que seriam um presente vindo do amante. Macarrão teria dito à mulher que os brincos eram de Eliza Samúdio. "Guarde estes brincos como se fossem um troféu", ele teria dito à amante.
[SAIBAMAIS]
Quando as notícias sobre o desaparecimento da modelo chegaram à imprensa, a testemunha conta que ficou preocupada. Em uma foto que teria sido dada por Luiz Henrique à amante, ela usa os brincos que seriam de Eliza. No verso da fotografia, uma dedicatória assinada por Macarrão: "depois do nevoeiro e da neblina, vêm os dias calmos". O texto é completo por uma frase semelhante à que ele tatuou nas costas em homenagem a Bruno: "amizade verdadeira nem mesmo a força do tempo irá destruir".
A mulher confirma que foi procurada pela polícia à época do crime, e que desde então vive com medo. Segundo ela, Macarrão quer falar com a ex-amante a respeito dos brincos. A testemunha ainda faz outra afirmação categórica: Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, conhecia Macarrão e o goleiro Bruno. Ela garante que o ex-policial já esteve no sítio do jogador.
Segundo os delegados que investigam o caso, a mulher foi ouvida à época do crime, mas não conseguiram encontrar consistência no depoimento que só agora foi revelado. Enquanto isso, a polícia cogita a possibilidade de investigar uma carta anônima entregue à mãe da modelo desaparecida. O texto indica o local onde estariam os restos mortais de Eliza, em um poço localizado em uma mata de Belo Horizonte.