O papanicolau, teste mais comum e indicado, por exemplo, segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), chega a apresentar falsos negativos em até 70% dos exames. Depois de uma auditoria em 1,4 mil laboratórios do país que leem esse tipo de análise, o Ministério da Saúde planeja lançar para o próximo ano o Programa de Qualidade para laboratório de citologia.
O presidente da Febrasgo e da Comissão Nacional Especializada em Oncologia Genital, Etelvino Trindade, explica que, além de o exame não ser popularizado, os laboratórios não estão completamente capacitados, em parte porque não existe um programa capaz de avaliar a situação no Brasil. ;Sabemos que o sistema não está bom quando comparamos com a literatura estrangeira. Não temos material nem para dizer quantos (laboratórios) são bons ou não. Vemos que a nossa qualidade não é boa, embora existam alguns excelentes. Todos deveriam ter uma estrutura que fizesse avaliações internas constantes, com mais de um médico lendo uma amostragem para ver se os resultados são os mesmos. Isso garantiria mais qualidade e credibilidade.;