Um grande aparato policial foi montado nas imediações do prédio localizado na Rua Democrata, 540. Além dos militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do 16; Batalhão da Polícia Militar, homens do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil também foram ao local colaborar com as negociações. Ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros também estão de prontidão, caso haja necessidade de socorro médico às vítimas.
Em coletiva realizada fora da área onde foi feito o cerco policial, a PM afirmou que a Polícia Federal não irá participar da ação. A presença de policiais federais foi uma das exigências feitas pelos criminosos para se entregarem. A PM não informou quais foram as outras exigências e não esclareceu qual era o objetivo do grupo quando rendeu a família. A principal suspeita é de que eles pretendiam assaltar a agência bancária do Banco do Brasil onde o casal trabalha, na modalidade de crime conhecida como ;golpe do sapatinho;.
O sequestro teve início por volta das 18h desta segunda-feira. Conforme relato de uma vizinha à PM, a família foi abordada na porta do prédio por dois homens e uma mulher, todos trajados com coletes da Polícia Civil. A mulher achou a movimentação suspeita e acionou o 190. A PM confirmou com a Polícia Civil que não havia qualquer operação no local e, ao chegar no edifício, constatou tratar-se, realmente, de um sequestro. Segundo a PM, outros três homens que pertencem à quadrilha também entraram no apartamento, localizado no 3; andar do prédio de cinco pavimentos.
O tenente Marco Túlio, do 16; Batalhão da PM, disse que num primeiro momento os criminosos exigiram um carro para que pudessem fugir. Em seguida chegaram as equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Todo o quarteirão foi isolado pelos militares. Os demais moradores do prédio foram impedidos de deixar o local. Homens do Gate entraram no prédio e se posicionaram nos outros apartamentos para garantir a segurança das outras famílias. Parentes e amigos dos moradores e dos reféns acompanham a movimentação posicionados a aproximadamente 100 metros do prédio, em área delimitada pela polícia.
Os criminosos colocaram um lençol encobrindo a porta da varanda do apartamento. Por várias vezes, um deles levou uma das reféns até a sacada, apontando um revólver para a cabeça dela, fazendo ameaças.