Rio de Janeiro - Para alertar a população sobre os riscos da hepatite C e a necessidade de se buscar um diagnóstico precoce, um dos símbolos do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, receberá esta noite (19) uma iluminação diferente, em amarelo e vermelho. No Dia Nacional de Luta contra as Hepatites Virais, a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, alerta que, dos cerca de 3 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de hepatite viral, apenas 5% sabem que estão doentes.
"Essas pessoas estão caminhando para consequência gravíssimas de saúde e não têm oportunidade de se tratar", disse o presidente da associação, Humberto Silva. Ele explica que a doença é silenciosa, não apresenta sintomas no estágio inicial. Porém, os casos podem evoluir para insuficiência hepática, cirrose ou câncer de fígado. E levar o paciente à morte.
O contágio da hepatite C se dá por meio sanguíneo, principalmente em transfusões. Mas o uso de materiais não esterilizados por dentista, manicures e tatuadores não é mito. O compartilhamento de lâminas de barbear e de depilar, de seringas, de escovas de dentes, além do contato sexual sem proteção também favorecem a transmissão da doença, para a qual não existe vacina.
Já a detecção pode ser feita por exame de sangue em qualquer unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é feito com remédios e dura, em média, um ano."A doença é completamente tratável, mas o problema permanece sendo a falta de diagnóstico", reforçou Silva.
A iluminação do Cristo Redentor marca o início da campanha de prevenção das hepatites virais no país. Até o dia 26 de maio, organizações ligadas à causa oferecerão testes rápidos e gratuitos, semelhantes aos da diabetes.