Jornal Correio Braziliense

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Esteticistas pedem aprovação de projeto que exige curso de formação na área

O boom de esteticistas no mercado de trabalho tem assustado quem tem formação educacional na área. Em dez anos, triplicou a quantidade de profissionais que se dizem especialistas em tornar pessoas mais bonitas, passou de 398 mil para 1,2 milhão. O setor, que faturava R$ 37 bilhões ao ano, hoje lucra R$ 157 bilhões. Esse crescimento motivou esteticistas com formação a se unirem contra o que eles chamam de ;esteticistas sem tradição;. Esse grupo que técnicos e bacharéis na área querem combater engloba tanto pessoas que fazem cursos com carga horária reduzida e profissionais de saúde, como biomédicos e fisioterapeutas, que também atuam com a beleza. O primeiro passo dessa luta foi mobilizar cerca de 200 esteticistas na Câmara dos Deputados para exigir que os parlamentares aprovem o Projeto de Lei n; 959, de 2003, que regulamenta a profissão.

O texto está, desde 2005, pronto para ser apreciado no plenário da Câmara dos Deputados. Mas a presidente da Associação de Esteticistas do Espírito Santo, Erundina Maria Gomes, acredita que existe um impasse que não permite que o texto tramite. Ela conta que está desde segunda-feira batendo de porta em porta na Casa, mas só ouve que a proposta será analisada. ;Já tiveram tempo suficiente para avaliar nosso projeto. É o povo que perde sem a regulamentação do nosso projeto. Tem gente que faz curso de dois dias e começa a trabalhar com ácido, que é capaz de queimar a pele. Isso é um descuido total com a saúde do cidadão;, alerta.