Jornal Correio Braziliense

Brasil

Pnud diz que Brasil deve promover a agricultura e proteger as florestas

Brasília - O representante do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), no Brasil, Jorge Chediek, disse nesta quinta-feira (29/3) que o país deve continuar promovendo a agricultura, porém sem se afastar da proteção às florestas. A declaração do coordenador-residente do Sistema Nações Unidas no Brasil foi dada a menos de dois meses para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio%2b20) e em meio aos debates sobre o novo Código Florestal.

;O importante é compatibilizar os dois interesses. O melhor é que a legislação brasileira mantenha o espírito dos últimos anos, ou seja, promova o desenvolvimento agrícola e ao mesmo tempo proteja esse extraordinário patrimônio natural;, Chediek participou hoje do 1; Encontro de Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, promovido pela Federação Nacional de Prefeitos (FNP).

Chediek elogiu o modelo de desenvolvimento do país. Ele disse que o Brasil chegará à Rio%2b20 como exemplo para outros países, por ter compatibilizado, em pouco tempo, crescimento econômico, melhoria das condições de vida da população, redução das desigualdades e matriz energética eficiente. ;O Brasil pode mostrar para o mundo que é possível fazer desenvolvimento humano sustentável e que não é só um conceito teórico, mas que pode ser implementado;.

Apesar das avaliações positivas, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campello, lembrou que o país ainda tem que enfrentar desafios mais complexos, como erradicar o ;núcleo duro da pobreza;. A ministra lembrou, durante o encontro dos prefeitos, que existem 16 milhões de brasileiros que ainda vivem na miséria.

;É difícil chegar até essas pessoas, mas depende do Estado que essa população saia da pobreza, passando a ser beneficiada pelas políticas públicas, como o Bolsa-Família;, disse a ministra ao pedir empenho dos prefeitos na identificação dessa população.

Tereza Campello também falou sobre a fatia da população que deixou a extrema pobreza brasileira e poderia ser incluída em um programa que o governo Federal mantém há mais de um ano. Tereza Campello explicou que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem uma linha voltada para essa população, com 1 milhão de vagas disponíveis.

;Estamos pagando estas vagas e os municípios são os atores que vão nos ajudar a fazer essa mobilização. Muitos são adultos e poderiam estar fazendo essa qualificação profissional e com isso melhorar sua inserção no mercado, ter melhor emprego e renda;.