Jornal Correio Braziliense

Brasil

Ex-baixista do Legião Urbana vive há 5 anos nas ruas do Rio de Janeiro

Um dos músicos da Legião Urbana está na pior. Renato Rocha, baixista que tocou nos três primeiros discos da banda de Brasília, está morando nas ruas do Rio de Janeiro. A situação se arrasta há cinco anos, quando o músico, que tinha o apelido de Negrete, se separou da mulher, perdeu o contato com a família e o patrimônio que acumulou ao longo da carreira.

A situação do baixista, expulso da banda em 1988, foi revelada pela TV Record nesse domingo (25/3). A emissora entrou em contato com o pai do músico, o advogado Sebastião Rocha, que se emocionou e disse que quer ajudar o filho, com quem não tem contato há cerca de 10 anos, com um imóvel.

Os motivos que levaram Renato Rocha para as ruas e perder o patrimônio são nebulosos, e o artista não chegou a entrar no assunto. Philipe Seabra, da Plebe Rude, revelou que amigos do músico tentaram ajudar, mas que ele se mostrou reticente em receber qualquer tipo de socorro. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, ex-integrantes da Legião Urbana, não quiseram dar depoimento, mas é notório o desentendimento dos dois com o baixista.

O misterioso método de pagamento de direitos autorais no Brasil dificulta ainda mais a situação. Renato Rocha recebe do Ecad cerca de R$ 900 por mês, mas por algum motivo que o músico não soube esclarecer, o dinheiro não chega mais. A obra da banda que conta com o baixo de Renato Rocha são os três primeiros discos: Legião Urbana (1985), Dois (1986) e Que país é este (1987), que venderam juntos cerca de três milhões de cópias e emplacaram sucessos como Será, Geração Coca-cola, Eduardo e Mônica, Faroeste caboclo, Eu sei e Tempo perdido.