Os 45 pesquisadores, funcionários e o militar ferido no incêndio de sábado (25) na estação brasileira Comandante Ferraz, na Antártida, embarcaram há pouco, na cidade chilena de Punta Arenas, no Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB) que os trará de volta ao Brasil.
Segundo a FAB, a viagem teve início às 15h30 (horário de Brasília) e a previsão de desembarque na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, é por volta de 1 hora da madrugada desta segunda-feira (27). Antes de chegar ao Rio, o avião fará uma parada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde vão desembarcar quatro pesquisadores.
Pouco antes, a Marinha divulgou nota informando que as avaliações preliminares indicam que aproximadamente 70% das instalações da base brasileira na Antártica foram destruídas pelo incêndio de ontem. O prédio principal, onde ficavam a parte habitável e alguns laboratórios de pesquisas, foi completamente destruído.
Permaneceram intactos, porém, os refúgios (módulos isolados para casos de emergência), os laboratórios (de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera), os tanques de combustíveis e o heliponto, que são estruturas isoladas do prédio principal.
A nota da Marinha informa ainda que os corpos dos dois militares mortos no incêndio da base brasileira foram localizados e transferidos para a estação chilena Eduardo Frei. De acordo com a Marinha, um grupo-base da estação brasileira retornou ontem mesmo ao local do incêndio, apoiado por um helicóptero da Força Aérea do Chile, para uma avaliação inicial, e localizou os corpos do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos.
Os corpos foram levados para a base chilena, onde aguardam transferência para a cidade de Punta Arenas, no Sul do Chile, e posterior traslado para o Brasil. De acordo com a nota da Marinha, o traslado depende das condições meteorológicas na região.
O militar ferido, primeiro-sargento Luciano Gomes Medeiros, que recebeu os primeiros socorros na base polonesa, já está em Punta Arenas e foi internado no Hospital das Forças Armadas do Chile, para observação e curativos. Ele não corre risco de morte e não há restrições para seu regresso ao Brasil.