O governo de Santa Catarina vai anunciar nesta sexta-feira (24) a liberação de R$ 6 milhões para combater os efeitos da estiagem que atinge 96 municípios da região oeste do estado. O secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, antecipou à Agência Brasil, que esses recursos atenderão, em caráter de emergência, 17 mil famílias de produtores rurais que cultivam milho para silagem.
;Estamos repondo infelizmente, não os lucros, mas os prejuízos destes agricultores;, disse. Em todo o estado, cerca de 10% das propriedades que tinham financiamento de custeio acionaram o seguro agrícola, e aquelas que não foram beneficiadas receberão sementes para a próxima safra.
;Cada produtor pegou, em média de três a cinco sacas de milho do Programa Troca-Troca, do governo do estado. Com a estiagem, sofreram prejuízos que chegam a 50% do que estava sendo cultivado. Hoje, vamos entregar a cada um deles duas sacas de milho, totalizando 20 quilos, total suficiente para plantar 1 hectare, onde podem ser colhidas 120 sacas do produto;, ressaltou.
De acordo com o secretário, as medidas incluirão recursos financeiros para as prefeituras, destinados à contratação de serviços e ao transporte de água. Cada prefeitura vai receber R$ 30 mil para o pagamento de fretes de caminhões que transportam água no período de estiagem.
Rodrigues lembrou ainda que outros R$ 10 milhões do Programa Juro Zero foram liberados para a construção de cisternas. E o estado aguarda a liberação de R$ 10 milhões do governo federal, destinados à perfuração de poços artesianos.
Essas medidas serão anunciadas durante uma reunião em Chapecó, município mais afetado, que está em situação de emergência, com 183.530 pessoas atingidas pelos efeitos da seca.
De acordo com a Defesa Civil, até o momento, 96 municípios decretaram situação de emergência e acumulam perdas na produção agrícola de aproximadamente R$ 600 milhões. Algumas ações já foram desencadeadas entre o estado e os municípios, com destaque para o as do Programa Juro Zero, por meio do qual foram disponibilizados, até agora, R$ 80 milhões. Desse total, 40% devem prioritariamente ser investidos em água.