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CFM veta publicidade veiculada por profissionais, consultórios ou hospitais

O famoso antes e depois mostrando uma barriga esculpida por aparelhos ultramodernos ou aquela pele de bebê obtida com um revolucionário tratamento facial está proibido a partir de hoje. Novas regras para a publicidade médica vetam esses e outros tipos de propaganda veiculadas pelos profissionais, consultórios ou hospitais. Pela resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), também fica interditada a divulgação de endereço, telefone ou promessas de resultados por meio das redes sociais. Consultas online, selos de recomendação emitidos por associações e premiações do tipo ;melhor do ano; são outras práticas consideradas ilegais a partir desta semana.

Embora só se aplique aos médicos, a resolução tem potencial para proteger os consumidores. Para se ter uma ideia, cinco médicos tiveram o registro cassado pelo CFM por tais práticas nos últimos 14 meses. Antes mesmo entrar em vigor, as novas regras foram alvo de um recurso apresentado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, que certifica com um selo de biscoitos a aparelhos de pressão arterial. Nenhum representante da entidade, porém, quis dar entrevista para explicar os motivos da contestação.

Relator da resolução e diretor do Departamento de Fiscalização do CFM, Emmanuel Fortes ressalta que o recurso será analisado, mas destaca que, até segunda ordem, as regras estão valendo. ;O CFM nunca fechou as portas nem é intransigente nas decisões que toma;, afirma. Outra reclamação já manifestada, desta vez feita pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é o risco de os meios de comunicação procurarem fontes duvidosas. ;Meu receio é que, ao contrário do objetivo da resolução, a população receba informações equivocadas de esteticistas, fisioterapeutas e outros profissionais não alcançados pela norma;, afirma Eliandre Palermo, diretora da SBD.

A matéria completa você lê na edição impressa desta quarta-feira (15/2) do Correio Braziliense